sábado, 24 de outubro de 2009

Um filho é sempre nosso!



Um filho é sempre só nosso!
Não o podemos emprestar nem deixar que outros cuidem.
São só nossos.
Ninguém fará melhor papel que um pai ou mãe.
Não se trata de genes ou de sangue.
É quem dá o amor.
É quem cria ou ajuda a criar.
É quem está presente nas alturas difíceis e nas de alegria.
Não. Não empresto uma gargalhada de um filho meu.
Partilho e apenas com quem tem amor e vontade de receber essa partilha.
Não deixo filho algum com quem desconheço.
É verdade que só me conheço a mim e aos meus mas partilho confiança com quem a quer partilhar comigo.
Sou mãe e pai de barriga, de sangue, de genes, de amor, de coração.
Não me interesso por quem quer ter um filho mas sim por quem partilha um amor comum e tudo o que o suporta.
Um filho não se empresta nem se deixa em lugar algum para nosso proveito.
Um filho fica com quem o ama e se sente confiante. Quando não chora por nós.
Um filho não se empresta a ninguém.
Não existem cursos formativos de como ser pai ou mãe e que expliquem como é que são os sentimentos dessa ligação.
Um filho não é um estágio de quem gostaria de “ter um como este”.
Um filho ama-se desde a altura que, conscientemente e como adultos, temos a certeza do que queremos.
Um filho não é apenas o fruto de um grande amor entre duas pessoas diferentes ou iguais de sexo.
Um filho é uma pessoa que irá ser sempre mais exigente que nós.
Um filho não se empresta a ninguém.
Um filho, venha de quem vier, se é nosso, no sentido fora de posse mas cheio de responsabilidade, é o nosso exemplo de vida. É a nossa consciência do que está mal e do que está bem.


Um filho partilha-se com o mundo mas não se empresta a ninguém.
Um filho nosso é um filho de amor e o amor nem sempre acontece na partilha.
É verdade que pode acontecer partilha e esse amor não ser por um filho.
Somos adultos, conscientes e sensíveis. Somos obrigados a proteger um filho.
Se sabemos apontar temos que saber pedir desculpa.
Um filho quando aprende estas palavras mágicas dita-as tão naturalmente que nos alerta para quando erramos e não o sabemos resolver.


Crescer não é para todos.
Uns crescem consoante a idade e a vivencia natural, outros crescem à força por circunstâncias da vida, outros há que não querem crescer por ser mais fácil ter sempre quem os cuide.
Um filho não se empresta como se fosse um jogo ou um livro.
Um filho não se empresta a ninguém e ninguém melhor do que eu para saber cuidar da minha filha.
É assim que me sinto como mãe.
Não sou a melhor e não faço pretensões de me equiparar seja com quem for. Apenas faço o que a minha formação pessoal me ensinou, o que a minha consciência dita e sigo exemplos de quem está perto. Leio muito e converso pelos cotovelos com quem quer partilhar vivências idênticas.
Mas não empresto um filho a ninguém.


Magda Fonseca
De mãe para filha

3 comentários:

  1. Amiga...
    Isso é que é!!

    :)


    Não sei o que te levou a escrever este texto, mas está muito bem.


    beijo
    spr

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  2. Meu querido amigo,
    São palavras do tempo, de mãe, do coração e principalmente do desconhecimento que temos do ser humano que nos faz ser super_protectores(as).

    Um Bj com saudade!

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  3. Olá... mandei-te um email.
    jokas

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