sábado, 24 de outubro de 2009

Um filho é sempre nosso!



Um filho é sempre só nosso!
Não o podemos emprestar nem deixar que outros cuidem.
São só nossos.
Ninguém fará melhor papel que um pai ou mãe.
Não se trata de genes ou de sangue.
É quem dá o amor.
É quem cria ou ajuda a criar.
É quem está presente nas alturas difíceis e nas de alegria.
Não. Não empresto uma gargalhada de um filho meu.
Partilho e apenas com quem tem amor e vontade de receber essa partilha.
Não deixo filho algum com quem desconheço.
É verdade que só me conheço a mim e aos meus mas partilho confiança com quem a quer partilhar comigo.
Sou mãe e pai de barriga, de sangue, de genes, de amor, de coração.
Não me interesso por quem quer ter um filho mas sim por quem partilha um amor comum e tudo o que o suporta.
Um filho não se empresta nem se deixa em lugar algum para nosso proveito.
Um filho fica com quem o ama e se sente confiante. Quando não chora por nós.
Um filho não se empresta a ninguém.
Não existem cursos formativos de como ser pai ou mãe e que expliquem como é que são os sentimentos dessa ligação.
Um filho não é um estágio de quem gostaria de “ter um como este”.
Um filho ama-se desde a altura que, conscientemente e como adultos, temos a certeza do que queremos.
Um filho não é apenas o fruto de um grande amor entre duas pessoas diferentes ou iguais de sexo.
Um filho é uma pessoa que irá ser sempre mais exigente que nós.
Um filho não se empresta a ninguém.
Um filho, venha de quem vier, se é nosso, no sentido fora de posse mas cheio de responsabilidade, é o nosso exemplo de vida. É a nossa consciência do que está mal e do que está bem.


Um filho partilha-se com o mundo mas não se empresta a ninguém.
Um filho nosso é um filho de amor e o amor nem sempre acontece na partilha.
É verdade que pode acontecer partilha e esse amor não ser por um filho.
Somos adultos, conscientes e sensíveis. Somos obrigados a proteger um filho.
Se sabemos apontar temos que saber pedir desculpa.
Um filho quando aprende estas palavras mágicas dita-as tão naturalmente que nos alerta para quando erramos e não o sabemos resolver.


Crescer não é para todos.
Uns crescem consoante a idade e a vivencia natural, outros crescem à força por circunstâncias da vida, outros há que não querem crescer por ser mais fácil ter sempre quem os cuide.
Um filho não se empresta como se fosse um jogo ou um livro.
Um filho não se empresta a ninguém e ninguém melhor do que eu para saber cuidar da minha filha.
É assim que me sinto como mãe.
Não sou a melhor e não faço pretensões de me equiparar seja com quem for. Apenas faço o que a minha formação pessoal me ensinou, o que a minha consciência dita e sigo exemplos de quem está perto. Leio muito e converso pelos cotovelos com quem quer partilhar vivências idênticas.
Mas não empresto um filho a ninguém.


Magda Fonseca
De mãe para filha

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

"Os meus livros não vão morrer"

António Lobo Antunes (entrevista)



É na sua bibiloteca pessoal que António Lobo Antunes fala sobre Que Cavalos São Aqueles Que Fazem Sombra no Mar?. O novo romance ou, como diz, uma das personagens, "o testemunho" do escritor: "O que amarelece por aí quando não exisrires" LEIA A ENTREVISTA NA ÍNTEGRA


12:28 Terça-feira, 13 de Out de 2009

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Não quero pensar nas minhas fraquezas...




Quero olhar bem fundo nos meus olhos e ver como eu sou bonita, como fiz e faço coisas maravilhosas e como o meu peito está cheio de vontade.

Eu assumo a responsabilidade sobre essas vontades e projecto-me com força nessa identidade de saber que eu posso, sim, fazer o melhor.

Despertar o meu espírito é viver nele.

É ter a satisfação de ser eu mesma.

É poder ser original, única, pequena e grande ao mesmo tempo.

Sei agora que o melhor está a meu favor.

Eu sinto-me como se tivesse sentada na cadeira da solidez universal porque estou no meu melhor. Porque sou o sucesso da eternidade, porque estou há uma eternidade a seguir em frente e não fui destruída. Porque o universo garante.

Grito dentro de mim mesma:

de todas as coisas da vida, o melhor ainda sou eu.

O melhor sou eu!

domingo, 9 de agosto de 2009

O que há em mim é sobretudo cansaço...

...às vezes um cansaço que nos vem do fundo.
uma não saída.
uma parede surda.
às vezes um não-fazer-sentido.
às vezes...
...

"O que há em mim é sobretudo cansaço

Não disto nem daquilo,

Nem sequer de tudo ou de nada:

Cansaço assim mesmo, ele mesmo,

Cansaço.
A subtileza das sensações inúteis,

As paixões violentas por coisa nenhuma,

Os amores intensos por o suposto alguém.

Essas coisas todas -Essas e o que faz falta nelas eternamente -;

Tudo isso faz um cansaço,

Este cansaço,

Cansaço.
Há sem dúvida quem ame o infinito,

Há sem dúvida quem deseje o impossível,

Há sem dúvida quem não queira nada -Três tipos de idealistas, e eu nenhum deles:

Porque eu amo infinitamente o finito,

Porque eu desejo impossivelmente o possível,

Porque eu quero tudo, ou um pouco mais, se puder ser,

Ou até se não puder ser...
E o resultado?

Para eles a vida vivida ou sonhada,

Para eles o sonho sonhado ou vivido,

Para eles a média entre tudo e nada, isto é, isto...

Para mim só um grande, um profundo,

E, ah com que felicidade infecundo,

cansaço,

Um supremíssimo cansaço.

Íssimo, íssimo.

íssimo,Cansaço..."

Álvaro de Campos

terça-feira, 23 de junho de 2009

Dependentes da consciência!


São perguntas que o ser humano faz desde que tem consciência de si.

Que me desculpem os afectados mas há questões que têm que ser escritas vezes sem conta pois as mentalidades são realmente complicadas.

No século XIX aparece a teoria da evolução na conaturalidade e gera o pressuposto que o homem passaria por estágios de evolução cultural: da selvagem a bárbaro, de bárbaro a civilizado e de civilizado ao estado de perfeição relativa.
Por vezes é um Indivíduo que vive numa cultura confusa, sem valores definidos. Preso, hoje, da ansiedade, angustia, que caracteriza sua vida, num mundo louco, caótico e competitivo, que valoriza o sucesso, a juventude, a beleza, o dinheiro, o Homem mais que nunca se encontra dividido, cheio de dúvidas e questões.

Ele é um animal diferente de todos os outros. Não só porque raciocina, fala, ri, chora, cria, faz cultura, tem consciência e consciência da morte mas sim porque o meio social é seu ambiente específico. Deverá conviver com outros indivíduos numa sociedade que já encontra dotada de uma complexidade de valores, filosofias, religiões, línguas, tecnologias. O Sistema Nervoso mais elaborado faz dele mais vulnerável e menos apto para a sobrevivência. Ele tem de aprender as concretizar coisas diferentes. Tem os impulsos mas terá de aprender a direccioná-los para as conseguir. É através dela que o homem pensa, lembra, elabora conceitos, organiza as suas experiências, prevê, julga e idealiza. Através dela são inscritos os valores próprios de uma sociedade que molda a sua personalidade. As pessoas comunicam passando umas para as outras as suas experiências de comportamento. As palavras dos outros são as nossas palavras, a maneira deles falarem, a nossa maneira de falar, as ideias deles, as nossas ideias e as respostas esperadas ao estímulo de cada palavra são sempre reforçadas pelo meio social que está inserido. No decurso da sua individuação, é importante para o Ego saber que existem, no seu Self, símbolos do sexo oposto, que o orientam para um agregado e criatividade de um modo geral.
No entanto….depois de racionalizar sobre ele, o homem, há momentos na vida que nem eu sei como aclamar.
São muitas coisas juntas que se unem de propósito para me colocarem confusa, como já ditou o meu caríssimo L. Antunes! Pois há momentos na vida que, como sexo oposto, não tenho tempo para sonhar, que sinto o que realmente a realidade me quer contar, dias que nem eu sei se vai chover sentimentos ou Coisas.
Sou de uma geração que era assim que os filhos descendiam a educação adquirida “geneticamente”, de assummirem ou não, personalidades fortes e independentes.
Considero assim que este ainda se subjuga à educação imposta pela figura materna, (existindo excepções), esta por sua vez subjugada às ordens, vontades, humores e por vezes sujeita a maus tratos masculinos. Traduzida em "mãe galinha", tende a não deixar os filhos sair debaixo da asa, nem de perto, para que possa controlar a educação e a posse sobre os que julga eternos filhos domados.

Lamento os que se deixam subjugar e não lutam por si só. Não pensam nem actuam espontaneamente. Acomodam-se a esta triste vivencia "genética" familiar. São infelizes e nem percebem porquê. Não conseguem objectivos porque são todos difíceis de alcançar alem de que as palavras “desistência e não consigo” estão sempre presentes.

A vida de cada um, depois de gerados, deverá ser de luta por uma sobrevivência honrada e gloriosa perante si mesmo, a sociedade e pelo meio em que crescemos.

É "dever" ou "obrigação" moral ou familiar de os apoiar e não de os apelidar de marionetas.
Então se Eu, mulher, intelegênte e lutadora, me apercebo disso naturalmente, porque é que alguns dos que foram paridos na mesma altura, não são autónomos, decididos, independentes mas seres colantes como se o cordão nunca tivesse sido cortado?

Quase que me atrevo a deitar-me na preguiça de não utilizar a inteligência para perguntar mais uma vez o porquê deste comodismo!
Será assim tão difícil para estas progenitoras jurássicas, perceber o quanto de mal fazem aos seres que produziram?
É que fazem tudo como se lhes dissessem que a vida só se rege por estas regras e não pelas que ele próprio possa pensar se lhes dessem essa oportunidade!
Lamento mais uma vez os que se deixam subjugar e não lutam por si só!

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Lêr e não lêr...

O dia passa e o doce aroma do saber não se gasta.
São estes dias que me fazem pensar e reflectir no que realmente a vida tem de tão bom e que outros nem sequer param para um vazio mental quanto mais para pensar em algo de bom!

Ler!
Ler é um jogo de junção de letras que formam palavras desvendando frases de sentimentos e momentos que traduzem a nossa mente ou simplesmente o resultado do dia-a-dia.

Não Ler é como não querer saber de jogos de letras com sentimentos e histórias de verdadeiros ou falsos momentos.

Que saudades tenho eu de ler...

Traz-me outros cheiros, outros aromas, leva-me a passear conduzindo-me nos meus sonhos quando adormeço com as desfolhadas paginas na mão.

Que saudades de ler eu tenho!

É bom ler o que grande gente o sabe fazer! Escritores, jornalistas, poetas, bloguistas, amantes da palavra e do português. Grandes e corajosos que são.

Não tenho vergonha de escrever tão insignificantes textos desanexados pois são estes os meus desabafos!

Se quem os lê lhe diz algo, então talvez se interesse pelos mesmos desalinhados alfabetos.

Eu gosto do que tu sabes escrever mas não tens coragem para o fazer.
Também sei que só o tempo te fará lá chegar!

Ler são as saudades que tenho neste momento!

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Que desatinos!

É o dia-a-dia da rotina, que de rotina até nem tem nada...
É o amanhecer frieiro, que de frio não tem nada durante o dia...
É as torres de pano que se amontoam depois de desgastarem borrachas e energias...
É o "Homem" que é um ser tão desaustinado e desarrumado de interior...
É porque é azul e não de outra cor qualquer...
É o cheiro que não desabitua o nariz de levar a memória às sete quintas...
É a janela sempre descoberta que mostra um mar de azul céu que nem chove nem faz sol...
É o livro que não se acaba de preencher por cansaço de uma rotina que não existe...
É a preocupação constante do futuro que está vindouro mas incerto...
É o contraste do gel castanho com o azul ou do côco com o bronze praia...
É o amor que da vida não dispensa cada odor extremo de prazeres insaciáveis...
São os "outros" que procuram ser felizes mas se esquecem que têm que fazer algo para tal acontecer...
É o tempo que já passou a dois anos e meio e nem sequer avisa ou pede licença para passar...
São os caracóis de "oiro" deitados no bronze do mimo constante, na falha que preenche o coração inocente...
É o doce do vermelho tomate que mesmo com açúcar não liberta o sabor da canela da bolacha que sacia a noite antes de deitar...
É a vasilha da ceia de Fernando Pessoa em poesia que não é dispensada...
São os confortos de um leito familiar que se tenta organizar numa grande desorganização...
É o olho de avelã que me sabe levar...
São os sorrisos doces e as gargalhadas tão altas que são contagiantes...
É o meu stress diário que de razão não tem ser...
É uma inconstante saudade de estar onde me encontro diariamente...
É o atraso da hora, que não existe pela manhã, no relógio que deveria parar naquelas horas...
É o vento que traz o calor do verão e o frio da serra...
É a alegria de viver o agora sem que esse agora não termine...
É o ar sério dos que lêem o que os outros escrevem sem entender uma frase ou um sentido para o tempo que estão a perder...
É puro, simples e claro como transparente.
É a vida que amo...
É a vida que estou a amar.

quinta-feira, 28 de maio de 2009

O que é a vida…?

Hoje de manha enquanto entregava a minha princesa no colégio para uma visita de estudo à quinta pedagógica da granja, conversei com uma outra mãe ansiosa que por coincidência as nossas pirralhas, como diz o Pedro, têm a diferença de 5 dias de nascimento. As nossas princesas!
Como mães galinhas, amantes do cuidado, segurança e bem estar das nossas crias, parecia-mos umas tontas a dizer adeus a um gigantesco autocarro carregado seguramente de pirralhos. Só filmado.
Deixámos de ver o autocarro e ficou a saudade e ânsia da vinda segura das nossas crianças. Lá foi um pedaço grande do nosso coração nas mãos de profissionais mas sem a protecção da nossa asa.
Sem razão falámos das birras e mimos das duas princesas. Por vezes são a razão da nossa impaciência mas muitas vezes a razão que nos faz viver, amar e continuar na vida e na luta de um grande objectivo. Um melhor futuro para eles.
Quando me lamentei que o motivo era o facto de a Joana estar a crescer sem pai logo a minha “parceira” de diálogo me respondeu com uma mão no ombro que a minha história não era pior que a dela que me passou logo a comentar.
O marido faleceu aos 7 meses! O filho com 6 anos tem uma leucemia! Tem 30 anos e perdeu repentinamente o marido e o pai dos filhos.
Meu Deus, como posso eu lamentar uma vida saudável até mental e ser egoísta ao ponto de não perceber que a realidade à minha volta é tão dura também para outras mães.
Claro que não estou totalmente de parte do que se passa no mundo relativo a certos assuntos mas a minha dor pareceu-me ser tão maior que outra qualquer que nem parei para reflectir. Apenas sei dizer que há males que vêm por bem.
Na verdade, hoje particularmente, sinto-me bem pela vida que tenho e pela força que esta mãe me transmitiu com uma natureza implacável marcando a minha manhã.
Não, Não somos nada. Hoje temos o mundo e amanha já não existe o que pensava-mos ter.
Os nossos filhos e a força de viver com o apoio de quem nos ama é que nos fazem manter de pé.
Não tem sido fácil. É claro que existem problemas mais complicados mas a questão está em nós.
Sim, os filhos dão-nos muita força e até mudamos o mundo por eles mas a nossa força interior, o nosso amor-próprio, a nossa vontade de sobreviver até só para contrariar as partidas que a vida nos prega é um sentimento que nos ultrapassa.
Somos assim.
Eu herdei da minha mãe que até nem tem comparação. Ela sim foi um furacão como mãe e pai, mulher e profissional. Sobreviveu ao mundo e numa época que não foi fácil de passar. Em 1974 com a morte do meu pai e dois filhos pequeninos nos braços não houve desespero ou mágoa que a deitasse a baixo. É natural que tenha havido dias de tempestade ou só nublados mas éramos nós, filhos, que a mantínhamos de pé. Éramos os três. Apenas os três. Nós só contávamos com ela e ela connosco. O meu irmão assumiu desde tão pequeno o papel do homem da casa. Cresceu à força. Hoje é um homem e um pai exemplar e até tem uma palavra amiga de calma para a irmã que está constantemente com o complicometro em stress. A minha mãe é a rainha da compreensão. Cansada e a precisar de férias como é óbvio mas está lá sempre. As guerrinhas entre mãe e filha são o espelho da igualdade de feitios e de vidas. É uma Grande Mãe.
A minha Joana…
A minha princesa está a aprender a lidar com a mãe. Testa-me a torto e a direito. É outra perfeição de uma futura grande mulher. Personalidade assente mas moldável. Finca-pé mas já sabe em que terreno está a pisar. O olhar que troca entre mim e a avó ou agora o Pedro é sempre a testar até onde pode ir.
É um doce de menina. Tem 2 anos e meio. Fala como uma papagaia e repete tudo o que digo. Ralha com os bebes dela como ralho com ela e é assim que se traduz o dia-a-dia com sempre mais uma novidade a acrescentar.
Agora que o meu tempo tem estado mais ocupado com o amor, cheio de novidades e calma, a minha reflexão é grande. Não tenho muito tempo para escrever, ler, pesquisar, “blogar” mas tenho adquirido uma parte importante que ainda não estava preenchida nem se avizinhava tão cedo, apesar de ser de há longa data.
O meu Pooh…
É o doce em pessoa. Compreensível, calmo, exige sem o afirmar que tem que reflectir antes de falar para não magoar ou tomar qualquer atitude brusca ou impensável.
Estou mais calma. Também mais distraída de trabalhos. É o meu tempo. Não ignoro o dia-a-dia mas é difícil geri-lo. É amar todos os momentos, apreciar a manha esteja ela de chuva, fria ou quente, é dar importância aos pormenores do bom da vida, etc.

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Uma nova vida aos 38

Dia 29 de Abril de 2009 foi o inicio de um amor que estava tão perdido, escondido de amedrontado para não ser magoado. Foi uma manhã de coragem.

Há um ano que te conheço e nunca me consegui aproximar com receio de ser rejeitada, magoada, de tu poderes estar envolvido com alguém e tambem por protecção da minha filha linda.
É incrível como ganhei coragem de me aproximar verbalmente dizendo que estava interessada em te conhecer melhor. Felizmente foi um dia de muita sorte e o amor estava à minha espera.

Afinal era mútuo. Recente mas mutuo. Só deste por mim quando há 3 meses começámos a conversar em frente à pastelaria. Diz que eu despertei interesse pela forma de abordagem. Eu já te achava interessante desde Abril de 2008.

Está a ser a melhor fase da minha vida. Estou a amar novamente. "Jogamos" muito bem. Eu falo pelos cotovelos e tu observas, pensas, és ouvinte e até ficas até às 2h da manhã a fazer companhia para eu não parar de passar a ferro.

Cozinhas de livre vontade e com amor.
És um desportista delicioso.
És a perfeição na qualidade da definição máxima que poderá existir no meu dicionário de sentimentos.
A nossa vida cruzou-se com as mãos do destino.
Temos as nossas histórias que construímos e destruímos até nos encontrarmos.
São quase semelhantes. Nunca comparáveis mas têm mão do pintor do destino.
Digo desta forma porque só nós é que sabemos o quanto valorizamos cada minuto que passa.
És o amor doce de uma nova vida que afinal começa aos 38 para os dois. Esta nunca poderia ter acontecido antes. Foi preciso viver até aqui tudo o que me foi colocado à prova para dar o resultado deste amor doce, maduro mas com uma intensidade de paixão deliciosa.

É difícil descrever o sabor, que realmente tem, um novo amor aos 38 anos.
O aroma é muito karité com Lotus. São as nuvens em consagração com os raios do sol.
É o vento que empurra as velas de corações de papel.
São as ondas que perfumam o ar que ainda hoje me banha a memória nessa tarde na Ericeira.
É o som do mar feroz que ruge como um coração enfurecido e sedento de amar a areia em pleno auge. É indescritível.
Na minha vida conheço o amor verdadeiro de mãe e filha mas este é o amor, a amizade e a biblioteca que nos acompanha a vida que preenchemos ao longo do resto da vida.
Estou ciente que não existe a perfeição mas que a podemos alcançar com objectivos e planos de sermos felizes.
Não é uma paixão simples. É muito mais. É uma união perfeita entre mentes, sentimentos e corpos que nunca se cruzaram e que se estavam destinados.
O amor nunca sobrevive sem uma base. Nós já construímos a nossa com as nossas experiencias boas e menos boas. Só nos falta preencher as fissuras que a vida nos deixou e que estão a ser restauradas aos poucos.
És uma pessoa carinhosa, sensível, inteligente, charmoso e um observador nato.
Eu tenho os meus defeitos que vêm antes das qualidades e tu sabes ouvir, reflectir e depois descrever o melhor e o pior. Por vezes basta o olhar mas como as palavras pesam muito ou tanto como estas, então faço com que me descrevas o que vai dentro da tua preocupação e no teu coração.
Estamos de acordo que só dialogando é que conseguimos que a nossa relação seja forte….
Para ti com todo o meu coração!

sábado, 25 de abril de 2009

O meu amigo mais fiel

É certo que não há um amigo mais fiel do que o nosso cão.
Li “Marley e Eu” de Jonh Grogan e realmente, a descrição de reacções e sentimentos é a mais perfeita possível de quem já viveu uma situação idêntica e depois acaba por passar pelo momento mais doloroso que é a perca dessa amizade e desse amigo de todos os momentos.
O autor não poderia descrever melhor todos os constrangimentos, alegrias, momentos de companheirismo que o nosso melhor amigo nos dá.
O Poly foi o meu melhor amigo. Estava sempre presente e nem comia ou Queria ir à rua para não me deixar sozinha quando estava doente. Foi parte da minha adolescência e acompanhou as maiores controvérsias dessa altura. Um dia, e apenas porque o tempo é cruel, o coração deixou de bater por cansaço. Esperou que eu chegasse a casa e assim foi. Despedimo-nos e calmamente só deixou uma dor tremenda no meu peito como se estivesse a levar uma boa parte do meu coração e da minha vida até então. Foi um bom cão. Era da mais raça pura rafeira que existe e o meu melhor amigo. Sofri durante mais uns 3 anos, até que a única solução foi encontrar a sua alma gémea. A Thétys. Uma cocker como nunca ninguém viu. É pura e de sangue “azul”. Educada e obediente. A minha melhor amiga. Já tem 8 anos. Está cheia de rugas e verrugas. Mansa quer sopas e descanso. Adora andar de carro e se pudesse nunca me largava. Companheira, fiel e grande amiga, alem de confidente, aceitou a Joana como se fosse mais uma Magui. Quando me deitava de barriga para o lado, com a Joana ainda em gestação mas muito mexida, a Thétys tinha o hábito de se vir deitar ao meu lado pousando a cabeça na minha barriga. A Joana barafustava pontapeando mas ela nem se mexia. É a nossa tété. A nossa melhor amiga.
Tive outros cães mas nenhum como o Poly e a Thétys.
Um amor fiel e verdadeiro entre seres diferentes.

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Há alturas na vida....


Há alturas na vida em que não precisamos de um amor.
Não precisamos da paixão desmedida.
Não queremos beijos na boca e nem corpos a se encontrar na doçura de uma cama...


Há alturas na vida em que só queremos a mão no ombro, o abraço apertado, ou mesmo, o estar ali, quietinho, ao lado... sem nada dizer...


Há alturas na vida, quando sentimos que estamos quase a chorar, que desejamos uma presença amiga, para nos ouvir, seja paciente, para nos fazer sorrir...
Alguém que ria das nossas piadas sem graça, que ache as nossas tristezas as maiores do mundo, que nos enrede elogios sem fim...
E que, apesar de todas essas mentiras úteis, nos seja de uma sinceridade inquestionável.

Que nos mande calar a boca ou nos evite um gesto impensado; alguém que nos possa dizer: acho que estás errada, mas estou ao teu lado.

Ou apenas alguém que nos diga:
SOU TEU AMIGO... E ESTOU AQUI!

terça-feira, 17 de março de 2009

Ser pai qualquer um pode ser.....

Ser Super Pai já não é para qualquer pessoa.

Um Pai é sempre um Pai. Por muito má que seja a relação com o seu filho ou por maior que seja o silêncio entre ambos, tem que consciencializar-se que ele é seu filho. Se o seu filho nem sempre age correctamente é normal que você também seja um pouco culpado dessas atitudes e, se ele quase não demonstra carinho para consigo, é porque também não encontra essa demonstração da sua parte.


Aos filhos deve ser dado tudo. As crianças precisam de um lar, de conforto, carinho, atenção e de muita dedicação, coisas que nem sempre os pais querem ou parecem conseguir fazer. Portanto, e se quer que o seu filho desde pequeno se orgulhe do pai e o tenha como exemplo, MUDE a sua atitude. Pelo seu filho.


Ainda antes de o bebé nascer, deve falar com ele o mais possível. Cante-lhe músicas e fale muito com ele, dando-lhe festinhas e fazendo pequenas carícias na barriga da mãe. O bebé sentirá o seu carinho e atenção, e quando vier a abrir os olhos para o mundo estará muito mais ambientado consigo do que possa imaginar. Desde o momento do nascimento que o pai é um importante factor para o desenvolvimento do filho.


Dê-lhe beijinhos e muitos miminhos, enquanto lhe vai apresentando os seus brinquedos. Quando já tiver mais alguma idade, mais concretamente após os primeiros anos de vida, colabore com o seu filho nas brincadeiras, por muito cansado que esteja. Esqueça que trabalhou um dia inteiro num escritório, sob um stress infernal, e entregue-se ao seu pequenote em todas as suas brincadeiras.


Em qualquer um dos momentos em que estejam os dois deliciosamente a brincar torne esses instantes mágicos. Seja muito divertido e até mesmo louco, para que a criança aprecie bastante a brincadeira. As crianças gostam sempre de um pouco de loucura e, ver o pai a brincar daquela forma com ele é sinónimo que o pai pode ser também igual a eles. Utilize ao máximo a sua imaginação e invente você mesmo brincadeiras divertidas, conte-lhes histórias e faça-os puxar pela imaginação.


Há que os ensinar a tomar iniciativa para as coisas, torná-los fortes e pessoas decididas, a partir de pequenos exemplos e de experiências práticas. Pode utilizar o método da brincadeira ou então optar por ter uma conversa informal. Pode também pregar pequenas partidas à mãe dele indo roubar escassas quantidades de comida à cozinha, mas explique-lhes de antemão que se trata somente de uma brincadeira e que não é para repetirem a graça noutro sítio qualquer.


Leve os seus filhos a passear pelo jardim ou praia já que o contacto com a natureza é muito importante para eles, fá-los sentirem-se livres e desperta neles o espírito de aventura. Estimule ao máximo a alegria e criatividade deles, e tente estar sempre junto deles em todas as ocasiões. Faça com que eles tenham orgulho em si, e que possam descobrir na figura paterna muito mais do que um pai. Um verdadeiro amigo e companheiro de brincadeira e para toda a vida!


Já agora, um feliz dia do Pai.

domingo, 8 de março de 2009

Dia da Mulher

O dia da mulher
É o dia que representa a força da união de mulheres que naquele século estavam sujeitas às condições desumanas e subjugadas à pressão que existia naquela época.
Foi a luta da mulher operária contra o imperialismo, uma das primeiras greves destas operárias têxteis novaiorquinas, no ano de 1857 que deu origem à data de 8 de Março, sendo obra do II Congresso Internacional das Mulheres Socialistas, realizado em 1910 na Dinamarca. Estas permaneceram paradas durante semanas, para reivindicar melhores condições de trabalho, tais como, redução na carga diária de trabalho para dez horas (as fábricas exigiam 16 horas de trabalho diário), equiparação de salários com os homens (as mulheres chegavam a receber até um terço do salário de um homem, para executar o mesmo tipo de trabalho) e tratamento digno dentro do ambiente de trabalho. sendo brutalmente reprimidas pela polícia e perseguidas pelos patrões. As mulheres no mundo do trabalho era ainda uma grande excepção à regra.
A manifestação foi reprimida com total violência que foram trancadas dentro da fábrica e queimadas vivas. Aproximadamente 130 tecelãs morreram carbonizadas, num acto totalmente desumano.
Foi o inicio da luta feminina que se transfiguraria no início deste século num Movimento Internacional com manifestações de centenas de milhares de mulheres reivindicando o fim da discriminação.

É um dia em que todas as mulheres de todo o mundo, muitas vezes divididas por fronteiras nacionais e diferenças étnicas, linguísticas, culturais, económicas e políticas, se juntam para celebrar uma tradição que representa, pelo menos, nove décadas de defesa da igualdade, da justiça, da paz e do desenvolvimento", (Zita Gurmai - Eurodeputada).
O objectivo desta comemoração é realizar conferências, debates e reuniões e discutir o papel da mulher na sociedade actual. Este esforço é para tentar diminuir e, quem sabe um dia terminar, com o preconceito e a desvalorização da mulher.
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Como mulher, tenho muito orgulho no nosso ser feminino pois somos capazes de grandes esforços e conquistas ao longo dos séculos.
Assim considero grandemente as mulheres da minha geração familiar e anseio que a vindoura tenha a mesma força seguindo o exemplo.
Somos filhas, mães, avós e amigas com uma entusiasmo e dinamismo de luta constante no dia-a-dia, amando, trabalhando e educando da melhor forma os nossos rebentos.
-
É dia da mulher e só a este dia deveria dar parabéns pelo esforço e de tão grandiosas que somos, mas não posso deixar de reconhecer e referenciar que existem bons patrões, bons trabalhadores, bons maridos, bons irmãos, bons filhos e bons amigos e que um desses, o meu querido e único irmão, que nestas alturas, sem referir o seu IGUAL esforço diário, se lembra sempre de oferecer às “suas” mulheres, (mulher, mãe, irmã, sobrinha e filhas), uma flor que grita sempre ao coração “nunca me esquece de vós”. Um beijo e um abraço muito forte meu irmão. Obrigada por seres a pessoa que és. Além de tudo um homem exemplar.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

PORQUE TE AMO?

"Gostava de saber porque te amo nesta forma estranha de te não ter amado nunca."

A casa quieta...


"Eu viria talvez povoado
hipotéticos fantasmas quem sabe
uma ou outra vingança por consumar
dias em que desocupado
de grandes traições anseios
uma ou outra desgraça
quando te atravessaste
intransponível
nesse caminho que fazia só fazendo
pouco alerta mudo impávido
quando olhava sem bem olhar
via só o que queria
mesmo no que ver me custava acreditar
e foi quando o teu sorriso...."

http://imagens.webboom.pt/recurso?&id=111501

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

domingo, 18 de janeiro de 2009

Preciso de um amigo

"Não precisa ser homem, basta ser humano, basta ter sentimentos, basta ter coração. Precisa saber falar e calar, sobretudo saber ouvir. Tem que gostar de poesia, de madrugada, de pássaro, de sol, da lua, do canto, dos ventos e das canções da brisa. Deve ter amor, um grande amor por alguém, ou então sentir falta de não ter esse amor.. Deve amar o próximo e respeitar a dor que os passantes levam consigo. Deve guardar segredo sem se sacrificar.
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Não é preciso que seja de primeira mão, nem é imprescindível que seja de segunda mão. Pode já ter sido enganado, pois todos os amigos são enganados. Não é preciso que seja puro, nem que seja todo impuro, mas não deve ser vulgar. Deve ter um ideal e medo de perdê-lo e, no caso de assim não ser, deve sentir o grande vácuo que isso deixa. Tem que ter ressonâncias humanas, o seu principal objectivo deve ser o de amigo. Deve sentir pena das pessoas tristes e compreender o imenso vazio dos solitários. Deve gostar de crianças e lastimar as que não puderam nascer.
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Procura-se um amigo para gostar dos mesmos gostos, que se comova, quando chamado de amigo. Que saiba conversar de coisas simples, de orvalhos, de grandes chuvas e das recordações de infância. Precisa-se de um amigo para não se enlouquecer, para contar o que se viu de belo e triste durante o dia, dos anseios e das realizações, dos sonhos e da realidade. Deve gostar de ruas desertas, de poças de água e de caminhos molhados, de beira de estrada, de mato depois da chuva, de se deitar no capim.
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Precisa-se de um amigo que diga que vale a pena viver, não porque a vida é bela, mas porque já se tem um amigo. Precisa-se de um amigo para se parar de chorar. Para não se viver debruçado no passado em busca de memórias perdidas. Que nos bata nos ombros sorrindo ou chorando, mas que nos chame de amigo, para ter-se a consciência de que ainda se vive."
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