É certo que não há um amigo mais fiel do que o nosso cão.
Li “Marley e Eu” de Jonh Grogan e realmente, a descrição de reacções e sentimentos é a mais perfeita possível de quem já viveu uma situação idêntica e depois acaba por passar pelo momento mais doloroso que é a perca dessa amizade e desse amigo de todos os momentos.
O autor não poderia descrever melhor todos os constrangimentos, alegrias, momentos de companheirismo que o nosso melhor amigo nos dá.
O Poly foi o meu melhor amigo. Estava sempre presente e nem comia ou Queria ir à rua para não me deixar sozinha quando estava doente. Foi parte da minha adolescência e acompanhou as maiores controvérsias dessa altura. Um dia, e apenas porque o tempo é cruel, o coração deixou de bater por cansaço. Esperou que eu chegasse a casa e assim foi. Despedimo-nos e calmamente só deixou uma dor tremenda no meu peito como se estivesse a levar uma boa parte do meu coração e da minha vida até então. Foi um bom cão. Era da mais raça pura rafeira que existe e o meu melhor amigo. Sofri durante mais uns 3 anos, até que a única solução foi encontrar a sua alma gémea. A Thétys. Uma cocker como nunca ninguém viu. É pura e de sangue “azul”. Educada e obediente. A minha melhor amiga. Já tem 8 anos. Está cheia de rugas e verrugas. Mansa quer sopas e descanso. Adora andar de carro e se pudesse nunca me largava. Companheira, fiel e grande amiga, alem de confidente, aceitou a Joana como se fosse mais uma Magui. Quando me deitava de barriga para o lado, com a Joana ainda em gestação mas muito mexida, a Thétys tinha o hábito de se vir deitar ao meu lado pousando a cabeça na minha barriga. A Joana barafustava pontapeando mas ela nem se mexia. É a nossa tété. A nossa melhor amiga.
Tive outros cães mas nenhum como o Poly e a Thétys.
Um amor fiel e verdadeiro entre seres diferentes.
Nunca são as coisas mais simples que aparecem quando as esperamos. O que é mais simples, como o amor, ou o mais evidente dos sorrisos, não se encontra no curso previsível da vida. Porém, se nos distraímos do calendário, ou se o acaso dos passos nos empurrou para fora do caminho habitual, então as coisas são outras. Nada do que se espera transforma o que somos se não for isso: um desvio no olhar; ou a mão que se demora no teu ombro, forçando uma aproximação dos lábios. (Nuno Júdice)
sábado, 25 de abril de 2009
quarta-feira, 22 de abril de 2009
Há alturas na vida....
Há alturas na vida em que não precisamos de um amor.
Não precisamos da paixão desmedida.
Não queremos beijos na boca e nem corpos a se encontrar na doçura de uma cama...
Não precisamos da paixão desmedida.
Não queremos beijos na boca e nem corpos a se encontrar na doçura de uma cama...
Há alturas na vida em que só queremos a mão no ombro, o abraço apertado, ou mesmo, o estar ali, quietinho, ao lado... sem nada dizer...
Há alturas na vida, quando sentimos que estamos quase a chorar, que desejamos uma presença amiga, para nos ouvir, seja paciente, para nos fazer sorrir...
Alguém que ria das nossas piadas sem graça, que ache as nossas tristezas as maiores do mundo, que nos enrede elogios sem fim...
E que, apesar de todas essas mentiras úteis, nos seja de uma sinceridade inquestionável.
Que nos mande calar a boca ou nos evite um gesto impensado; alguém que nos possa dizer: acho que estás errada, mas estou ao teu lado.
Ou apenas alguém que nos diga:
SOU TEU AMIGO... E ESTOU AQUI!
SOU TEU AMIGO... E ESTOU AQUI!
Subscrever:
Mensagens (Atom)