terça-feira, 23 de junho de 2009

Dependentes da consciência!


São perguntas que o ser humano faz desde que tem consciência de si.

Que me desculpem os afectados mas há questões que têm que ser escritas vezes sem conta pois as mentalidades são realmente complicadas.

No século XIX aparece a teoria da evolução na conaturalidade e gera o pressuposto que o homem passaria por estágios de evolução cultural: da selvagem a bárbaro, de bárbaro a civilizado e de civilizado ao estado de perfeição relativa.
Por vezes é um Indivíduo que vive numa cultura confusa, sem valores definidos. Preso, hoje, da ansiedade, angustia, que caracteriza sua vida, num mundo louco, caótico e competitivo, que valoriza o sucesso, a juventude, a beleza, o dinheiro, o Homem mais que nunca se encontra dividido, cheio de dúvidas e questões.

Ele é um animal diferente de todos os outros. Não só porque raciocina, fala, ri, chora, cria, faz cultura, tem consciência e consciência da morte mas sim porque o meio social é seu ambiente específico. Deverá conviver com outros indivíduos numa sociedade que já encontra dotada de uma complexidade de valores, filosofias, religiões, línguas, tecnologias. O Sistema Nervoso mais elaborado faz dele mais vulnerável e menos apto para a sobrevivência. Ele tem de aprender as concretizar coisas diferentes. Tem os impulsos mas terá de aprender a direccioná-los para as conseguir. É através dela que o homem pensa, lembra, elabora conceitos, organiza as suas experiências, prevê, julga e idealiza. Através dela são inscritos os valores próprios de uma sociedade que molda a sua personalidade. As pessoas comunicam passando umas para as outras as suas experiências de comportamento. As palavras dos outros são as nossas palavras, a maneira deles falarem, a nossa maneira de falar, as ideias deles, as nossas ideias e as respostas esperadas ao estímulo de cada palavra são sempre reforçadas pelo meio social que está inserido. No decurso da sua individuação, é importante para o Ego saber que existem, no seu Self, símbolos do sexo oposto, que o orientam para um agregado e criatividade de um modo geral.
No entanto….depois de racionalizar sobre ele, o homem, há momentos na vida que nem eu sei como aclamar.
São muitas coisas juntas que se unem de propósito para me colocarem confusa, como já ditou o meu caríssimo L. Antunes! Pois há momentos na vida que, como sexo oposto, não tenho tempo para sonhar, que sinto o que realmente a realidade me quer contar, dias que nem eu sei se vai chover sentimentos ou Coisas.
Sou de uma geração que era assim que os filhos descendiam a educação adquirida “geneticamente”, de assummirem ou não, personalidades fortes e independentes.
Considero assim que este ainda se subjuga à educação imposta pela figura materna, (existindo excepções), esta por sua vez subjugada às ordens, vontades, humores e por vezes sujeita a maus tratos masculinos. Traduzida em "mãe galinha", tende a não deixar os filhos sair debaixo da asa, nem de perto, para que possa controlar a educação e a posse sobre os que julga eternos filhos domados.

Lamento os que se deixam subjugar e não lutam por si só. Não pensam nem actuam espontaneamente. Acomodam-se a esta triste vivencia "genética" familiar. São infelizes e nem percebem porquê. Não conseguem objectivos porque são todos difíceis de alcançar alem de que as palavras “desistência e não consigo” estão sempre presentes.

A vida de cada um, depois de gerados, deverá ser de luta por uma sobrevivência honrada e gloriosa perante si mesmo, a sociedade e pelo meio em que crescemos.

É "dever" ou "obrigação" moral ou familiar de os apoiar e não de os apelidar de marionetas.
Então se Eu, mulher, intelegênte e lutadora, me apercebo disso naturalmente, porque é que alguns dos que foram paridos na mesma altura, não são autónomos, decididos, independentes mas seres colantes como se o cordão nunca tivesse sido cortado?

Quase que me atrevo a deitar-me na preguiça de não utilizar a inteligência para perguntar mais uma vez o porquê deste comodismo!
Será assim tão difícil para estas progenitoras jurássicas, perceber o quanto de mal fazem aos seres que produziram?
É que fazem tudo como se lhes dissessem que a vida só se rege por estas regras e não pelas que ele próprio possa pensar se lhes dessem essa oportunidade!
Lamento mais uma vez os que se deixam subjugar e não lutam por si só!

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Lêr e não lêr...

O dia passa e o doce aroma do saber não se gasta.
São estes dias que me fazem pensar e reflectir no que realmente a vida tem de tão bom e que outros nem sequer param para um vazio mental quanto mais para pensar em algo de bom!

Ler!
Ler é um jogo de junção de letras que formam palavras desvendando frases de sentimentos e momentos que traduzem a nossa mente ou simplesmente o resultado do dia-a-dia.

Não Ler é como não querer saber de jogos de letras com sentimentos e histórias de verdadeiros ou falsos momentos.

Que saudades tenho eu de ler...

Traz-me outros cheiros, outros aromas, leva-me a passear conduzindo-me nos meus sonhos quando adormeço com as desfolhadas paginas na mão.

Que saudades de ler eu tenho!

É bom ler o que grande gente o sabe fazer! Escritores, jornalistas, poetas, bloguistas, amantes da palavra e do português. Grandes e corajosos que são.

Não tenho vergonha de escrever tão insignificantes textos desanexados pois são estes os meus desabafos!

Se quem os lê lhe diz algo, então talvez se interesse pelos mesmos desalinhados alfabetos.

Eu gosto do que tu sabes escrever mas não tens coragem para o fazer.
Também sei que só o tempo te fará lá chegar!

Ler são as saudades que tenho neste momento!

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Que desatinos!

É o dia-a-dia da rotina, que de rotina até nem tem nada...
É o amanhecer frieiro, que de frio não tem nada durante o dia...
É as torres de pano que se amontoam depois de desgastarem borrachas e energias...
É o "Homem" que é um ser tão desaustinado e desarrumado de interior...
É porque é azul e não de outra cor qualquer...
É o cheiro que não desabitua o nariz de levar a memória às sete quintas...
É a janela sempre descoberta que mostra um mar de azul céu que nem chove nem faz sol...
É o livro que não se acaba de preencher por cansaço de uma rotina que não existe...
É a preocupação constante do futuro que está vindouro mas incerto...
É o contraste do gel castanho com o azul ou do côco com o bronze praia...
É o amor que da vida não dispensa cada odor extremo de prazeres insaciáveis...
São os "outros" que procuram ser felizes mas se esquecem que têm que fazer algo para tal acontecer...
É o tempo que já passou a dois anos e meio e nem sequer avisa ou pede licença para passar...
São os caracóis de "oiro" deitados no bronze do mimo constante, na falha que preenche o coração inocente...
É o doce do vermelho tomate que mesmo com açúcar não liberta o sabor da canela da bolacha que sacia a noite antes de deitar...
É a vasilha da ceia de Fernando Pessoa em poesia que não é dispensada...
São os confortos de um leito familiar que se tenta organizar numa grande desorganização...
É o olho de avelã que me sabe levar...
São os sorrisos doces e as gargalhadas tão altas que são contagiantes...
É o meu stress diário que de razão não tem ser...
É uma inconstante saudade de estar onde me encontro diariamente...
É o atraso da hora, que não existe pela manhã, no relógio que deveria parar naquelas horas...
É o vento que traz o calor do verão e o frio da serra...
É a alegria de viver o agora sem que esse agora não termine...
É o ar sério dos que lêem o que os outros escrevem sem entender uma frase ou um sentido para o tempo que estão a perder...
É puro, simples e claro como transparente.
É a vida que amo...
É a vida que estou a amar.